Os caças turcos que atacaram o Estado Islâmico (EI) na sexta (24) e no sábado (25) também tiveram como alvo bases curdas no norte do Iraque, confirmou o primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu.

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A ofensiva, que quebrou um cessar-fogo de dois anos, foi interpretada como represália ao assassinato de dois policiais turcos na última terça (21) por membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

“Ninguém deve duvidar da nossa determinação”, disse Davutoglu a jornalistas. “Não vamos permitir que a Turquia vire uma terra sem lei”.

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Neste sábado, o PKK manifestou-se sobre a ofensiva turca e disse que ela inviabiliza a manutenção do acordo de não-agressão.

“As condições para manter o cessar-fogo foram eliminadas”, afirmou o partido por meio de sua ala militar, as Forças de Defesa Popular (HPG).

O presidente do Curdistão iraquiano e líder do Partido Democrático do Curdistão, Massud Barzani, disse ter falado por telefone com Davutoglu para expressar “seu desgosto com o perigoso nível que a situação alcançou”, segundo comunicado oficial.

A tensão entre a Turquia e os separatistas cresceu após um atentado contra ativistas curdos matar 32 pessoas e ferir centenas em Suruç.

A explosão atingiu um evento destinado a arrecadar fundos para a reconstrução de Kobani, cidade síria de maioria curda que é alvo do EI desde setembro. A milícia radical reivindicou o atentado, mas curdos acusaram o governo turco de facilitar a atuação dos terroristas no país.

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No dia seguinte, dois policiais turcos foram encontrados mortos com um tiro na cabeça na fronteira com a Síria e o PPK admitiu ser responsável pelas mortes.

PRISÕES

Em dois dias de uma operação contra o terrorismo, a polícia turca prendeu 251 pessoas suspeitas de associação com o terrorismo em todo o país. Dentre elas, estão supostos militantes do EI, de grupos curdos e de extrema esquerda.

Em uma das operações, em Istambul, policiais mataram uma militante da Frente Revolucionária de Libertação do Povo, grupo marxista autor de atentados na Turquia.