O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou nesta quarta-feira (17) a União Européia de arrastar o pedido da entrada do seu país no bloco e "frear" o seu entusiasmo, informaram os jornais turcos.
Falando em um jantar com diplomatas estrangeiros na noite desta terça-feira (16), Erdogan reclamou da velocidade para a abertura das negociações sobre reformas em 35 setores, que os candidatos a entrarem na União Européia precisam cumprir para fazer parte do bloco.
"Quanto mais nós demonstramos determinação e esforço, mais o lado europeu responde com comunicados que quebram o nosso entusiasmo e motivação", disse Erdogan ao jornal popular Milliyet.
"Se a Europa nos vê como uma carga, ela precisa dizer isso", disse Erdogan. "Se esse é o caso, vocês não deveriam ter aberto a porta para a Turquia", ele reclamou.
As conversações para a adesão da Turquia ao bloco começaram em 2005, após uma série de reformas democráticas cumpridas pelo governo turco.
Até agora, o governo turco abriu negociações em oito dos 35 setores, em meio a uma disputa comercial e política com o Chipre, e uma forte oposição à adesão turca de alguns integrantes da UE, principalmente da França.
Mas o próprio governo de Erdogan está sob críticas - tanto na Europa quanto em casa - por ter desacelerado a velocidade das reformas.
O processo de reformas estagnou-se, particularmente desde o ano passado, quando uma grave crise política irrompeu na Turquia, entre o partido governista de Erdogan, de raízes islâmicas, e as forças políticas seculares, que têm o apoio do exército e do judiciário.
As tensões culminaram em um caso judicial contra o governista Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, na sigla em turco), acusado de ser anti-secularista. O partido escapou de ser declarado fora da lei em julho. As informações são da Dow Jones.
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