O soldado Yosef Fartuk, de 18 anos, foi a primeira vítima militar israelense após sete dias de conflitos entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. Ele e mais um civil morreram quando um foguete do Hamas atingiu uma estrutura no Conselho Regional de Eshkol, no sul do país. Pelo menos outros três militares ficaram gravemente feridos no ataque, de acordo com o jornal "Haaretz".

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Nesta terça-feira (20), um porta-voz do Hamas no Cairo confirmou o cessar-fogo entre Israel e militantes palentinos e afirmou que a trégua entra em vigor à meia-noite (20h, no horário de Brasília), mas o porta-voz do governo israelense, Mark Regev, negou, em entrevista à CNN, que a trégua na Faixa de Gaza tenha sido finalizada.

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Mais cedo, sirenes foram acionadas em Jerusalém, pela segunda vez desde o início do confronto com o Hamas. Segundo o jornal "Haaretz", dois morteiros caíram em uma área aberta ao sul da cidade e não há vítimas ou estragos. O Hamas assumiu a autoria do ataque. Em Gaza, o dia também foi de ataques. Israel bombardeou o banco do território, e cinco pessoas teriam sido mortas.

Só na manhã desta terça-feira, foram lançados de Gaza mais de 80 morteiros contra o sul de Israel. A cidade de Beersheba, também no sul, foi alvo de quase 20 foguetes. Não há relatos de vítimas, mas um dos hospitais da cidade precisou ser esvaziado. Um ônibus, casas e um carro foram atingidos pelos projéteis palestinos. Na cidade de Negev, cinco israelenses. À tarde, um morteiro vindo de Gaza atingiu uma casa em Ashkelon. Segundo primeiros relatos, nove pessoas ficaram feridas.

Em Gaza, o Exército israelense bombardeou o banco da Faixa de Gaza. O interior do prédio foi destruído, dizem fontes. O Hamas montou o banco depois que investidores estrangeiros, com medo de serem enquadrados em leis contra o financiamento de terroristas (países como Israel e EUA consideram o Hamas um grupo terrorista), pararam de fazer negócio com o governo do território. Segundo soldados israelenses, cerca de 100 alvos foram atacados durante a noite. Cinco pessoas teriam morrido e outras dez teriam ficado feridas.

Crianças

O aumento do número de civis mortos na ofensiva israelense a Gaza aumenta a pressão internacional por uma trégua. De acordo com dados do ministério da Saúde no território, 40% dos mortos palestinos são mulheres, crianças e idosos. Dos 112 mortos no confronto, que entrou nesta terça em seu sétimo dia, 28 são crianças.

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Os dados motivaram críticas de várias ONGs internacionais e da Unicef. Uma das mortes mais emblemáticas aconteceu no domingo, quando 11 pessoas da mesma família morreram em Gaza, vítimas de um bombardeio. Entre as vítimas, estavam quatro crianças - entre 2 e 5 anos - e seis mulheres.