Londres (EFE) A família do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto por erro pela polícia britânica, que o confundiu com um terrorista, não descarta processar as forças da ordem. Alex Pereira, 28 anos, primo de Menezes, disse ontem à rede BBC que a polícia "tem que pagar" pelo que fez. "Eles têm que pagar por essa atitude, se não, vão matar mais gente, vão matar milhares de pessoas. Eles mataram a primeira pessoa que viram, isso é o que fizeram", afirmou Pereira. "Se mataram meu primo, podem matar qualquer um", acrescentou. Menezes, eletricista de 27 anos, morreu na sexta-feira passada na estação de metrô de Stockwell, sul de Londres. Perseguido pela polícia, que alegou que ele trajava "roupas suspeitas" e ele se negou a parar.
A família de Menezes considera agora a possibilidade de processar a polícia londrina. Na noite de domingo, Pereira e outros três primos de Menezes conversaram com a advogada Gareth Pierce, especializada na defesa de direitos humanos. A advogada, que recentemente defendeu britânicos detidos na prisão americana de Guantánamo (Cuba), teve um de seus casos retratados no filme "Em Nome do Pai (1993), por ter defendido Gerry London, condenado à prisão perpétua por atentados em nome do IRA (Exército Republicano Irlandês). Ainda não está claro se Pierce vai representar a família do brasileiro em uma ação contra o governo britânico.
Ontem o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, afirmou que "lamenta profundamente a morte do brasileiro. No entanto, o governo britânico ainda não liberou o corpo do rapaz, que, a pedido dos pais, o casal de agricultores Maria Otoni de Menezes e Matozinho Otoni da Silva, será sepultado na cidade mineira de Gonzaga, onde vivem.
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