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A presidente Cristina Kirchner e seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, estão enfrentando graves problemas para garantir vitória nos principais distritos eleitorais do país nas eleições parlamentares de domingo (28), quando 27 milhões de argentinos vão às urnas renovar metade da Câmara e um terço do Senado. A capital, Buenos Aires - na Província de Buenos Aires - Córdoba, Santa Fé e Mendoza (que reúnem 68,5% do eleitorado nacional) também concentram grande parte do eleitorado que votaria em favor dos diversos partidos da oposição. As pesquisas indicam que em quatro desses cinco distritos o governo sofrerá duras derrotas.

Na cidade de Buenos Aires, um dos distritos mais "antikirchneristas" do país, as forças do casal Kirchner, representadas pelo quase desconhecido banqueiro Carlos Heller, ficariam em quarto lugar. Na Província de Santa Fé, reduto dos protestos ruralistas contra o governo no ano passado, os candidatos do governo amargam um terceiro lugar nas pesquisas, com apenas 6,5% das intenções de voto. Ali, a oposição tradicional e os peronistas dissidentes congregam pelo menos dois terços dos votos.

Na Província de Córdoba, na região central do país, as forças do governo perderam influência de forma acelerada desde o início dos conflitos ruralistas no ano passado. Os representantes do governo ali também amargam o quarto lugar. Em Mendoza, terra do rebelde vice-presidente Julio Cobos, que aderiu à oposição, o governo luta para não perder terreno.

Já na Província de Buenos Aires, pesquisas indicam que o governo que pôs Kirchner como a cabeça da lista de deputados do partido peronista e sua sublegenda Frente pela Vitória, obteria 30,2% dos votos, segundo levantamento da Management & Fit. Já o principal rival do governo, o milionário Francisco de Narváez, da União-Pro (aliança do peronismo dissidente com o partido Proposta Republicana), está em seus calcanhares, com 29,5%. As pesquisas mais otimistas indicam que Kirchner conseguiria 38% dos votos.

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