Os principais partidos da oposição ao regime de Nicolás Maduro anunciaram nesta segunda (30) que boicotarão as eleições para prefeito na Venezuela, convocadas pela Assembleia Constituinte para dezembro.
Siglas mais envolvidas nos protestos contra o ditador, a Ação Democrática (centro), o Primeiro Justiça (centro-direita) e o Vontade Popular (direita) disseram que expulsarão filiados que se candidatarem.
"Chegamos à conclusão de que o governo não quer que participemos de nenhum processo eleitoral e por isso cria as mais difíceis condições", disse o líder do Ação Democrática, Henry Ramos Allup.
"Nossa luta é conseguir eleições livres, sem chantagens, sem trocas de seções eleitorais, sem cassação de direitos políticos e prisões injustificadas dos candidatos", disse o presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges, membro do Primeiro Justiça.
O boicote foi decidido após as eleições para governador, vencidas pelo chavismo em 18 dos 23 Estados. Dos cinco oposicionistas eleitos, quatro contrariaram a determinação do partidos e tomaram posse jurando à Constituinte.
O restante, Juan Pablo Guanipa, foi deposto na última sexta (27) pela Constituinte. Não se sabe, porém, se outros partidos da coalizão Mesa de Unidade Democrática (MUD) participarão do pleito.
Maduro os acusou de seguirem "ordens de Washington". "Quando perdem dizem que há fraude e quando sabe que estão em desvantagem, em vez de lutar, se retiram."
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