Apesar de os resultados oficiais só serem divulgados na quarta-feira, o principal partido da Tunísia, Nida Tunis, afirmou que pesquisas de opinião mostraram a legenda em primeiro lugar nas eleições parlamentares realizadas neste domingo. O partido islâmico Ennahda alertou contra conclusões precipitadas e expressou otimismo.
O líder do Nida Tunis, Beji Caid Essebsi, disse logo após o fim da votação que "há sinais positivos que podemos ser os primeiros" com uma grande margem de cadeiras no parlamento. A previsão foi apoiada por sondagem realizada pelo instituto privado Sigma Conseil, na Tunísia, que mostrou que o Nida Tunis tinha 37% das 217 cadeiras e Ennahda tinha 26% dos assentos.
O partido islâmico, que teve quase metade das vagas na eleição de 2011 e governou o país por dois anos, disse que não iria se envolver em "especulação e anúncios prematuros". O porta-voz da legenda, Yusra Ghannouchi descreveu o anúncio de Nida Tunis como "irresponsável".
De acordo com a comissão eleitoral oficial, a taxa de participação foi de 60% dos 5,2 milhões de eleitores registrados no país.
Não houve relatos de violência neste domingo, porém grupos de monitoramento independentes relataram uma série de irregularidades durante o dia, citando casos de locais de votação que abriram tarde porque o material não estava pronto. Eles afirmaram que em vários locais militantes de partidos encorajaram as pessoas a votarem em suas legendas.
Nos EUA, o presidente Barack Obama classificou as eleições na Tunísia como um marco importante na transição política histórica do país. "Ao votar hoje os tunisianos continuaram a inspirar pessoas em todo sua região e ao redor do mundo", afirmou Obama em um comunicado.