O príncipe saudita Alwaleed bin Talal afirmou nesta quinta-feira (14) que, como um dos principais acionistas do Twitter, recusa a oferta do bilionário sul-africano Elon Musk, fundador da Tesla, para comprar a rede social por US$ 43 bilhões (cerca de R$ 200 bilhões).
"Não acho que a oferta proposta por Elon Musk (US$ 54,20 por ação) chegue perto do valor intrínseco do Twitter, dadas suas perspectivas de crescimento", escreveu o príncipe em sua conta oficial na rede social.
“Como um dos maiores acionistas de longo prazo do Twitter, a Kingdom Holding Company (KHC) e eu recusamos esta oferta”, acrescentou.
Em um aviso enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), Musk, considerado o homem mais rico do mundo, segundo a revista “Forbes”, ofereceu US$ 54,20 por ação em dinheiro.
Esse valor representa um prêmio de 54% sobre o preço de fechamento em 28 de janeiro, um dia antes de o bilionário começar a investir no Twitter.
Atualmente, o fundador da Tesla detém cerca de 9% do total de ações do Twitter, o que o torna o maior acionista individual da rede social.
Elon Musk tem criticado fortemente a rede social há meses e vem questionando se suas regras aderem "rigorosamente" ao princípio da liberdade de expressão.
Em discurso na conferência TED em Vancouver (Canadá) horas após o anúncio de sua oferta para adquirir a rede social, o bilionário respondeu à pergunta de se realmente conseguirá realizar seu plano com um "não tenho certeza".
A operação precisa ser aprovada pelo conselho de administração do Twitter, que confirmou ter recebido a proposta de Musk e indicou que irá analisá-la para determinar qual é o rumo a seguir que mais beneficia a empresa e os acionistas como um todo.
Em sua palestra no TED, Musk disse que tem um plano B se sua oferta for rejeitada, insistindo que tem ativos suficientes para financiar a compra, para que possa prosseguir com ela desde que o conselho concorde com seus termos.
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