O príncipe saudita Turki al-Faisal, ex-chefe de Inteligência da monarquia, criticou no domingo (15) a administração de Barack Obama afirmando que o presidente americano sofre de indecisão e de perda de credibilidade junto a seus aliados na região.

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"Nós vimos uma série de 'linhas vermelhas' traçadas pelo presidente que se tornaram roseadas com o passar do tempo e, eventualmente, se tornaram completamente brancas", afirmou Faisal, referindo-se aos ultimatos como o imposto pelos EUA à Síria - depois contornados.

O presidente Obama havia dito, por exemplo, que o uso de armas químicas pelo regime do ditador sírio Bashar al-Assad significaria cruzar a chamada "linha vermelha".

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Os relatos de um ataque químico em agosto, porém, levaram os EUA a um acordo com a ditadura de Assad, e não à esperada intervenção militar, desapontando aliados como a Arábia Saudita. "Quando esse tipo de garantia vem de um líder de um país como os Estados Unidos, esperamos que ele a mantenha", disse Faisal. "Há uma questão de confiança."

Apesar de o príncipe Faisal já não fazer parte do governo saudita, ele tem feito declarações públicas com "clara aprovação" da monarquia, de acordo com análise do jornal "New York Times". A Arábia Saudita, assim como outros aliados regionais dos Estados Unidos no Oriente Médio, incluindo Israel, tem estado desgostosa com a atuação de Obama.

A negociação de paz estagnada entre israelenses e palestinos, o acordo nuclear iraniano e a grave crise na Síria não têm ajudado a imagem dos EUA nessa região. A Arábia Saudita, como potência muçulmana sunita, é rival da liderança xiita iraniana e seu aliado, Assad.