O príncipe William, neto da rainha Elizabeth II, chegou às ilhas Malvinas para uma missão de seis semanas, em meio a uma tensão crescente entre o Reino Unido e a Argentina pela soberania do arquipélago, anunciou nesta quinta-feira (2) o ministério da Defesa britânico.

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A missão como piloto de busca e resgate do segundo na linha sucessória do trono britânico foi classificada como "ato provocativo" pela Argentina, que denunciou também uma tentativa do Reino Unido de "militarizar o conflito" com a proximidade do 30º aniversário da breve, mas violenta, guerra que os países travaram pelas ilhas em 1982.

"O Ministério de Defesa pode confirmar que o tenente de aviação Wales (como é conhecido oficialmente na Força Aérea Real) chegou às ilhas Malvinas em um destacamento operativo de rotina", afirmou o comunicado.

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A missão é parte de seu trabalho e da progressão da carreira como piloto de busca e resgate, trabalho que o príncipe, de 29 anos, desempenha desde fins de 2010 em Anglesey, no norte de Gales.

Apesar de ainda não ter se pronunciado nesta quinta-feira, o governo de Cristina Kirchner publicou na terça-feira (31) um comunicado lamentando que "o herdeiro real chegue a solo pátrio com o uniforme de conquistador e não com a sabedoria do estadista que trabalha a serviço da paz e do diálogo entre as nações", o que deu ao príncipe o apelido de "William, o Conquistador".

A escalada verbal entre Londres e Buenos Aires pela soberania das Malvinas aumentou desde dezembro depois da decisão do Mercosul de proibir a entrada em seus portos de navios de guerra com bandeira desse arquipélago, ocupado pelo Reino Unido desde 1833, em solidariedade à reivindicação argentina.

O anúncio nesta semana de que o Reino Unido enviará em breve um moderno destróier às Malvinas para substituir a fragata que patrulha atualmente a zona aumentou a tensão.