O presidente palestino Mahmud Abbas disse temer um "desastre nacional" se algum dos presos palestinos em greve de fome morrer por suas condições de prisão em Israel, uma situação que poderia acabar em breve se for concretizado o princípio de acordo alcançado este domingo (13).

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"Foi alcançado um acordo sobre a questão dos prisioneiros no Cairo, mas falta ser aprovado pelos detidos", informou à AFP uma fonte próxima ao caso, pedindo anonimato.

"Esperamos que a administração penitenciária convoque amanhã (segunda-feira) os representantes dos prisioneiros para apresentar o acordo", acrescentou.

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A porta-voz da administração penitenciária israelense, Sivan Weizman, não confirmou o acordo iminente.

"No que nos diz respeito, não chegamos à conclusão" de um acordo, explicou a porta-voz, que informou que 1.550 presos palestinos realizam greve de fome para protestar contra suas condições na prisão.

Segundo um responsável político israelense, citado pela rádio pública, poderia haver um acordo, na segunda ou terça-feira, para por fim a esta situação, com uma revisão dos casos de prisioneiros que se encontram em celas de isolamento e sobre o regime de visitas aos presos.

O presidente palestino tinha alertado pouco antes que temia um "desastre nacional" se algum dos 1.550 palestinos morresse por greve de fome na prisão de Israel.

"A situação dos presos é extremamente perigosa. Alguns deles correm riscos de ter lesões muito graves, o que seria um desastre nacional que ninguém poderia tolerar", alertou Abbas, antes de presidir uma reunião do comitê executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

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Sábado, Abbas tinha pedido a Israel que liberte os prisioneiros palestinos em greve de fome, em especial os presos antes dos acordos de Oslo de 1993.

A OLP pediu, neste domingo, um jejum de solidariedade com os presos de 24 horas nesta segunda-feira.

Responsáveis palestinos tinham informado sábado que a greve de fome poderia terminar em breve em caso de uma resposta positiva das autoridades israelenses a suas reivindicações.

Amin Shoman, chefe do Comitê pelos Prisioneiros Palestinos, alertou, contudo, que os detidos poderiam intensificar seu movimento sem precedentes, em caso de fracasso das negociações com Israel.

Os prisioneiros pedem o fim do isolamento e da detenção administrativa, que permite a prisão sem acusações nem julgamento por períodos renováveis de seis meses e de forma indefinida, assim como a autorização de visitas para os presos oriundos de Gaza.

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