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Ovidio Guzmán, um dos filhos do megatraficante Joaquín "El Chapo" Guzmán mais procurados pelos Estados Unidos, foi capturado nesta quinta-feira (5) durante uma operação policial marcada por confrontos a tiros em Culiacán, no norte do México.
A prisão de Guzmán, um dos líderes do Cartel de Sinaloa, ocorreu quatro dias antes da chegada do presidente americano, Joe Biden, ao México, para a Cúpula de Líderes da América do Norte.
A violência desencadeada pela prisão provocou temores entre moradores da região por causa das memórias do “culiacanazo”, uma operação policial na qual forças federais prenderam Ovidio em 17 de outubro de 2019, mas o libertaram horas depois por causa de atos violentos do Cartel de Sinaloa.
A prisão de Guzmán gerou bloqueios em diferentes estradas em Culiacán, capital do estado de Sinaloa, além de confrontos em diferentes partes da cidade, veículos incendiados e relatos de civis sendo retirados de seus carros por volta das 4h30 (horário local), o que paralisou a cidade.
Após os eventos, Cristóbal Castañeda Camarillo, secretário de Segurança Pública de Sinaloa, pediu à população que ficasse em suas casas por motivos de segurança.
Além disso, o Ministério da Educação Pública do estado suspendeu as atividades escolares, assim como o governo de Sinaloa, que pediu a seus funcionários que ficassem em casa diante da violência. A Embaixada dos EUA no México alertou os cidadãos americanos sobre os acontecimentos em Sinaloa e pediu que eles evitem ir para essa região.