O fazendeiro branco Mark Scott-Crossley, condenado por ter jogado um de seus funcionários negros a leões, recebeu nesta sexta-feira pena de prisão perpétua de uma corte da África do Sul, encerrando um polêmico caso de conotação racial que destacou o abuso de trabalhadores rurais negros. Além de Scott-Crossley, foi condenado a 15 anos de prisão o seu funcionário negro Simon Mathebula pela participação no assassinato que chocou a nação africana, que enfrenta um alto índice de criminalidade.

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A morte de Nelson Chisale, de 41 anos, provocou grande comoção da África do Sul, onde, mais de uma década após o fim do regime do apartheid, alguns fazendeiros brancos ainda são acusados de abusar de trabalhadores negros.

Pouco mais que o crânio, fragmentos de ossos e um dedo de Chisale foi encontrado na jaula onde ficavam raros leões brancos. O incidente, ocorrido no começo do ano passado, deu-se aparentemente por uma disputa entre o trabalhador e o seu patrão.

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Eu audiência este ano, a corte ouviu que Chisale foi atacado quando retornava à fazenda para recolher seus pertences. Uma testemunha disse que Scott-Crossley chutou um ferimento de Chisale produzido durante o ataque do fazendeiro. O agressor apontou então uma arma contra o trabalhador e disse que ele rezasse. Poucas horas depois, o homem foi lançado a leões, como detalhou o atestado de óbito.

Um terceiro empregado preso em conexão com o crime tornou-se testemunha protegida pela Estado contra o fazendeiro e um colega.