Foto tirada em fevereiro de 2001 mostra o então presidente colombiano Andres Pastrana (à direita) com o comandante das Farc Manuel Marulanda Velez| Foto: Luis Acosta/ AFP

O processo de paz entre o governo da Colômbia e a guerrilha das Farc terá início na primeira quinzena de outubro em Oslo e depois prosseguirá em Havana, anunciou nesta terça-feira o presidente Juan Manuel Santos em um discurso à nação. "As negociações começarão em Oslo na primeira quinzena de outubro e depois irão para Havana", declarou Santos ao detalhar que as conversações terão um prazo. "Será medido em meses, não em anos", frisou.

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O presidente afirmou que as primeiras negociações exploratórias foram realizadas durante seis meses em Havana e que as duas partes assinaram um acordo de princípio que não estabelece que as operações militares serão interrompidas durante o processo de paz. Segundo o presidente, "as operações militares continuarão com a mesma ou mais intensidade". "Este acordo não é já a paz, nem se trata de um acordo final. É um mapa do caminho com precisão dos termos de discussão para chegar a esse acordo final", explicou.

"Trabalhamos com seriedade, e devo reconhecer que as Farc também. Tudo o que foi acertado até agora tem sido respeitado. Se as Farc abordarem a fase seguinte com a mesma seriedade, temos boas perspectivas", acrescentou. Em seu discurso, Santos pede aos colombianos "moderação" diante da possibilidade de a guerrilha prosseguir em seus ataques, e "unidade para que o sonho de viver em paz se torne, por fim, realidade".

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O líder da guerrilha das Farc, Rodrigo Londoño Echeverry, conhecido como Timochenko, confirmou na segunda-feira os diálogos em busca de um acordo de paz. Esta foi a primeira declaração das Farc depois do anúncio, em 27 de agosto, do presidente Santos de que seu governo havia realizado "negociações exploratórias" com a organização, com o objetivo de "buscar o fim do conflito" armado de quase 50 anos.

Santos afirmou na segunda-feira que "todas as guerras sempre terminam com um tipo de acordo, de diálogo." "Por isso queremos acabar com este conflito através de um acordo e de um diálogo, sem que voltemos a repetir os erros do passado", acrescentou.