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A corrida presidencial paquistanesa ganhou contornos mais dramáticos nesta terça-feira (2), quando promotores confirmaram que o líder da oposição Nawaz Sharif é alvo de processos por suposta corrupção. Os partidários de Sharif afirmam que a iniciativa tem apenas motivação política.

O principal partido da coalizão governista minimizou o caso. Porém a notícia ameaça piorar ainda mais a relação entre a atual administração e Sharif, um político popular cujo partido mantém a segunda maior bancada no Parlamento. O grupo de Sharif deixou o governo há poucos dias.

Asif Ali Zardari, chefe do principal partido do Parlamento e viúvo da assassinada ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, deve vencer com facilidade a votação entre os parlamentares no sábado A sigla de Sharif apresentou um juiz aposentado como seu candidato.

Os Estados Unidos aguardam a decisão. O Paquistão é considerado um país fundamental na guerra ao terror liderada por Washington, por confrontar insurgentes em sua fronteira noroeste, perto do Afeganistão. Nesta terça-feira, a polícia anunciou a morte de oito supostos militantes na área, perto do Vale do Swat.

No meio de agosto, os partidos de Sharif e Zardari forçaram o então presidente, Pervez Musharraf, a renunciar ao cargo, por estar sujeito a um processo de impeachment. Sharif deixou a coalizão pouco depois, em meio a divergências sobre como devolver os cargos de juízes afastados por Musharraf e sobre a sucessão presidencial.

Tanto Zardari quanto Sharif já foram acusados por corrupção nos últimos anos. Porém Zardari viu esses casos desaparecerem nos últimos meses, em grande parte devido ao acordo com Musharraf para permitir a volta de Benazir ao país.

Zulfiqar Ahmed Bhutta, um alto promotor, confirmou que no último mês foi movida uma ação para rever uma decisão de adiar indefinidamente vários processos contra Sharif, que também é ex-primeiro-ministro. Sharif é acusado de lavagem de dinheiro e outros crimes de corrupção.

O primeiro-ministro Yousaf Raza Gilani disse que o órgão onde trabalha o promotor, que o novo governo tentou alterar, "não tem nenhum valor". As informações são da Associated Press.

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