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Vazamentos

Procurado pela Interpol, Assange volta à internet e faz ameaças

Julian Assange, em foto do início de novembro. Ele confirmou ontem que seu site de furos jornalísticos WikiLeaks agora é hospedado por Alemanha, Finlândia e  Holanda | Valentin Flauraud/Reuters
Julian Assange, em foto do início de novembro. Ele confirmou ontem que seu site de furos jornalísticos WikiLeaks agora é hospedado por Alemanha, Finlândia e Holanda (Foto: Valentin Flauraud/Reuters)

Londres - Mesmo escondido da Interpol, Julian Assange, fundador do Wi­­kiLeaks, voltou a atacar ontem os Estados Unidos. Disse que o país está por trás de ameaças contra sua vida e que não respeita a liberdade de expressão. Afirmou ainda que se alguma coisa acontecer com ele, documentos ainda não divulgados sobre os EUA e outros países serão publicados imediatamente.

Para Assange, a pessoa que en­­tregou os documentos do governo americano para serem divulgados no site é um herói sem igual. Ele deu indicação forte de que se trata do soldado Bradley Man­­ning, de 22 anos, um analista de inteligência do Exército americano que esteve no Iraque e está preso desde maio.

O militar enfrentará julgamen­­to por supostamente copiar telegramas diplomáticos e pelo vazamento de relatórios sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque.

O fundador do WikiLeaks, que continua em lugar desconhecido, participou de uma sessão de perguntas e respostas com leitores do site do jornal The Guardian, do Reino Unido. Foram enviadas mais de 900 perguntas, mas ele respondeu a apenas 15.

Quando questionado se temia pela própria segurança, disse que sim e que está tomando as precauções necessárias porque está lidando com uma superpotência.

Depois, afirmou que aqueles que sugerem que deve ser caçado (como Sarah Palin, candidata a vice-presidente pelo Partido Republicano nas últimas eleições dos EUA e estrela da direita americana) ou morto (como Tom Fla­­nagan, conselheiro do primeiro-ministro canadense) deveriam ser processados por incitar o seu assassinato.

Novas revelações

Ainda sobre a questão segurança, Assange disse que arquivos com documentos sobre os Estados Uni­­­­dos e outros países ainda não re­­velados estão espalhados por vá­­rios países e com muitas pessoas.

Tudo seria divulgado imediatamente, segundo afirmou Assange, se alguma coisa acontecesse com ele.

Assange disse que a decisão da Amazon de não mais hospedar o WikiLeaks em seu servidor, após pressão do governo dos Estados Unidos, mostra que a liberdade de expressão é uma ficção no país.

"Desde 2007, temos deliberadamente usado servidores em jurisdições em que a gente suspeita que exista déficit de liberdade de expressão. A intenção é separar retórica de realidade. A Ama­­zon foi um desses casos."

A maioria das perguntas trazia elogios a Assange. Alguns até perguntavam como fazer para doar dinheiro ao WikiLeaks.

Algumas eram apenas curiosas. Um leitor perguntou se ele tinha recebido documentos sobre objetos voadores não identificados.

Assange respondeu que al­­guns malucos mandam e-mails sobre extraterrestres ou dizendo que são o anti-Cristo.

Mas que em documentos da diplomacia americana a serem publicados, realmente há referências a óvnis.

Outro questionou se havia al­­go sobre répteis que estão andando por aí sob a pele de humanos, como afirma o escritor inglês David Icke. Essa não foi respondida.

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