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O procurador do Tribunal Especial para o Líbano, da Organização das Nações Unidas (ONU), Daniel Bellemare, apresentou hoje o primeiro indiciamento ao juiz Daniel Fransen, que precisará decidir se confirma ou rejeita o pedido ou solicita mais provas. O Tribunal Especial para o Líbano tem como missão descobrir e julgar os assassinos do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri, morto num atentado a bomba em Beirute, em 2005.

O nome da pessoa cujo indiciamento foi pedido não foi revelado. Hariri foi morto junto a 22 outras pessoas em 14 de fevereiro de 2005. O xeque Hassan Nasrallah, líder do grupo xiita Hezbollah, disse no ano passado esperar que integrantes da milícia fossem indiciados. O Hezbollah, apoiado pelo Irã e Síria, nega qualquer participação na morte de Hariri.

Em sua página na internet, o Tribunal Especial para o Líbano informou que o indiciamento "confidencial" marca o início da fase de trabalho judicial do tribunal. As notícias sobre o indiciamento ocorrem no momento em que o Líbano enfrenta uma grave crise política, após a renúncia de 11 ministros ligados à oposição comandada pelo Hezbollah. A saída dos ministros levou ao colapso da coalizão de governo. No ano passado, Nasrallah disse que o Hezbollah "cortará fora a mão" de qualquer um que tente deter integrantes do grupo. As informações são da Associated Press.

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