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Pelo menos 749 pessoas foram detidas na Venezuela nas últimas horas, depois dos numerosos protestos registrados em várias regiões do país contra o questionado resultado das eleições de domingo (28), por meio do qual o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), aparelhado pelo chavismo, confirmou o ditador Nicolás Maduro no poder por mais seis anos.
O procurador-geral, Tarek William Saab, apresentou nesta terça-feira (30) um balanço da atuação das forças de segurança no âmbito destas manifestações. Ele alegou que 48 policiais e militares foram feridos e um membro das Forças Armadas morreu “em consequência dos tiros disparados por estes manifestantes” no estado de Aragua (norte).
Saab não falou sobre os ferimentos sofridos pelos manifestantes, que foram repelidos com gás lacrimogêneo e chumbinhos utilizados pela força pública, segundo constatou a agência EFE em Caracas.
A organização Médicos pela Saúde estimou em 84 o número total de feridos nas manifestações.
Um balanço da ONG Foro Penal apontou que a repressão pós-eleitoral empreendida pelo chavismo resultou em seis assassinatos cometidos pelas forças de segurança.
De acordo com a organização, as mortes ocorreram nos estados de Aragua, Táchira, Yaracuy e Zulia. Duas das vítimas eram menores de idade e as demais tinham entre 19 e 40 anos. (Com Agência EFE)