O procurador distrital da Filadélfia (Pensilvânia, EUA), Larry Krasner, processou nesta segunda-feira (28) o empresário Elon Musk e seu comitê de ativismo político - o America PAC -, com o objetivo de interromper uma série de sorteios de US$ 1 milhão com eleitores de estados-pêndulo que assinaram uma petição pró-liberdade.
Krasner, do Partido Democrata, que teve sua campanha para o cargo em 2018 financiada pelo bilionário George Soros, argumenta que o sorteio promovido por Musk constitui uma "loteria ilegal" e busca influenciar o eleitorado em estados decisivos.
“America PAC e Musk estão induzindo os cidadãos da Filadélfia – e de outros estados-pêndulo – a cederem suas informações pessoais e declararem um apoio político em troca da chance de ganhar US$ 1 milhão”, afirmou seu escritório no processo. “Isso é uma loteria. E é, sem dúvida, uma loteria ilegal”, disse o procurador democrata.
Krasner argumenta que o sorteio está violando as leis de proteção ao consumidor da Pensilvânia, que exigem que toda loteria seja “operada e administrada pelo estado”. O procurador progressista solicita que a Justiça interrompa as atividades do sorteio de Musk antes das eleições presidenciais, marcadas para o próximo dia 5 de novembro.
O America PAC, fundado por Musk para apoiar a campanha presidencial de Donald Trump, candidato republicano à Casa Branca, vem realizando sorteios de US$ 1 milhão para eleitores que assinam uma petição em apoio às liberdades de expressão e porte de armas, já consolidadas e defendidas pela Constituição dos EUA. Na ação, Krasner também contesta a imparcialidade do sorteio promovido por Musk, dizendo que apenas indivíduos que participaram de comícios de Trump têm sido elegidos para ganhar o prêmio. Por sua vez, o empresário já reiterou que a escolha dos vencedores está sendo feita de forma aleatória.
Na semana passada, jornais americanos informaram que o Departamento de Justiça do governo do presidente Joe Biden, do Partido Democrata, também já havia alertado Musk de que seu sorteio poderia “violar leis federais”, que proíbem prêmios em dinheiro em troca de registros eleitorais.