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Tarek William Saab negou que haja crianças presas na Venezuela e afirmou que protestos foram tentativa de desencadear “guerra civil”
Tarek William Saab negou que haja crianças presas na Venezuela e afirmou que protestos foram tentativa de desencadear “guerra civil”| Foto: EFE/Miguel Gutiérrez

O procurador-geral da Venezuela, o chavista Tarek William Saab, foi na linha de uma declaração recente do ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, e disse que não há presos políticos no país.

Segundo informações do site Efecto Cocuyo, Saab falou, em discurso transmitido pela emissora VTV, sobre as pessoas presas durante os protestos contestando a fraude eleitoral de julho na Venezuela, que manteve o ditador Nicolás Maduro no poder.

“Essas pessoas não são presos políticos, são criminosos que se prestaram a ações terroristas, criminosas, dos chamados ‘comanditos’, para desencadear uma guerra civil na Venezuela. Teria acontecido a mesma coisa em 2017, foram planejadas 3 mil mortes em vários meses, mas a resposta do Estado e do povo impediu isso”, disse Saab.

Segundo o boletim mais recente da ONG Foro Penal, a Venezuela tem 1.963 presos políticos, dos quais 1.836 foram detidos na repressão após a fraude eleitoral de 28 de julho. Sessenta e nove presos políticos são menores de idade, e Saab falou sobre esses casos.

“É antiético que estes casos sejam apresentados como se fossem de natureza política. Na Venezuela não há crianças detidas, são adolescentes que foram usados ​​para provocar estes atos. É uma estratégia para prejudicar a democracia venezuelana e as suas autoridades e retratar os detidos como heróis. Nos reunimos com os familiares dos falecidos e os ajudamos, bem como com os familiares dos presos cujos direitos humanos foram respeitados em locais de reclusão”, alegou o procurador-geral.

Saab disse que os 28 assassinatos que ocorreram durante os protestos foram resultado de ações de grupos contrários ao chavismo – que teriam matado “com tiros, espancamentos, facadas”. ONGs, a oposição e a imprensa independente sustentam que as forças de segurança chavistas foram responsáveis pela violência.

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