O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, que ajuda o ditador Nicolás Maduro na perseguição a opositores| Foto: EFE/Miguel Gutierrez
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O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, aliado do chavismo, anunciou nesta quinta-feira (2) que solicitou ordens de captura e extradição de dois líderes da oposição ao ditador Nicolás Maduro, por suposto envolvimento de ambos na corrupção na estatal petrolífera PDVSA.

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Os alvos são os líderes do partido Voluntad Popular, Leopoldo López, que está exilado na Espanha, e do Primero Justicia, Julio Borges, que está na Colômbia.

Na segunda-feira (29), Saab já havia acusado ambos e mais dois dirigentes oposicionistas, Carlos Ocariz e Carlos Vecchio, de terem ligações com o ex-ministro do Petróleo e ex-vice-presidente venezuelano Tareck El Aissami e com o empresário Samark López, presos no dia 9 de abril.

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Segundo informações do site Efecto Cocuyo, Saab disse nesta quinta-feira que Samark López teria detalhado numa suposta confissão a participação de Leopoldo López e Borges na cessão de navios-petroleiros em troca de ganhos que ultrapassariam US$ 1 bilhão.

Os dois líderes oposicionistas já tinham contra si ordens de extradição emitidas pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela: Borges, pela acusação de ter participado de uma suposta tentativa de assassinato contra Maduro em 2018, e Leopoldo López, pelos protestos contra o regime chavista em 2014.

Nesta semana, Julio Borges escreveu no X que Saab e o regime de Maduro “são corruptos e mentirosos”, enquanto López, em um evento nos Estados Unidos, acusou a ditadura da Venezuela de tentar “desviar a atenção”.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]