O procurador especial Jack Smith solicitou nesta sexta-feira (8) à Justiça dos Estados Unidos uma pausa de cerca de um mês no processo federal que acusa o agora presidente eleito do país, Donald Trump, de supostamente ter tentado interferir no resultado das eleições de 2020, quando perdeu a presidência para Joe Biden.
O pedido foi aceito pela juíza Tanya S. Chutkan, em Washington, responsável pelo julgamento do caso. A suspensão ocorre em meio a discussões sobre o futuro do processo, especialmente com a volta de Trump à Casa Branca, que deve ocorrer em janeiro de 2025.
No pedido, os procuradores alegaram a necessidade de mais tempo para analisar o impacto da eleição do republicano, ressaltando que a política do Departamento de Justiça impede acusações contra presidentes em exercício.
"O governo pede respeitosamente que o tribunal anule os restantes prazos do calendário do pré-julgamento para que o governo tenha tempo para avaliar esta circunstância sem precedentes e determinar o caminho apropriado a seguir", afirmou o documento apresentado à Justiça. Um novo prazo foi solicitado para o dia 2 de dezembro, quando o Departamento de Justiça deverá fornecer uma atualização sobre suas deliberações, ou seja, seguir ou pedir o arquivamento do caso.
Esta ação faz parte de um dos processos mais significativos enfrentados por Trump, onde o procurador Smith o acusa de conspiração para tentar anular os resultados da eleição de 2020. Além deste, Smith também era responsável pelo caso sobre a posse de documentos confidenciais, que Trump foi acusado de levar para sua residência na Flórida após deixar a presidência. Este caso já foi arquivado pela juíza Aileen M. Cannon em julho. Segundo informações, embora o pedido de pausa tenha sido feito apenas em relação ao caso de interferência eleitoral, o procurador Smith também está em diálogo com as autoridades do Departamento de Justiça para decidir como proceder no caso dos documentos, onde recorreu da decisão de Cannon.
O movimento de Smith gerou reações, e está sendo entendido pela mídia americana como o primeiro passo do Departamento de Justiça para encerrar de vez os casos federais contra Trump.
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