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Itália

Procurador que enfrentou a Máfia morre aos 83 anos

Conhecido pela atuação na "Operação Mãos Limpas", que investigou casos de corrupção envolvendo partidos, ministros, senadores, empresários e ex-chefes de governo italianos no início dos anos 1990, o ex-procurador-geral de Milão Gerardo D'Ambrosio morreu hoje aos 83 anos.

Originário da província de Caserta, ele estudou direito em Nápoles e, depois de ter se transformado num dos símbolos da magistratura italiana, foi eleito senador em 2006 e 2008 pela legenda que se transformou no Partido Democrático.

A "Operação Mãos Limpas", da qual foi um dos protagonistas ao lado de Antonio Di Pietro, Gherardo Colomba e Piercamillo Davigo, levou ao fim a chamada Primeira República Italiana e, na ocasião, fez desaparecer várias legendas políticas tradicionais. Na época, D'Ambrosio foi acusado pela imprensa conservadora de ser comunista.

No início da década de 1990, apareceram evidências de que amplos setores da imprensa social-democrata europeia haviam sido financiados, nos anos 1980, pela KGB, o serviço secreto da extinta União Soviética.

A investigação judicial de grande abrangência foi, todavia, desencadeada na sequência, após um escândalo envolvendo o Banco Ambrosiano, em 1982, e também, o Banco do Vaticano, a Máfia e a loja Maçônica P2.

A morte de D'Ambrosio em Milão foi decorrente de problemas cardíacos. A esse respeito, foi divulgada a seguinte nota: "A Procuradoria de Milão se une à dor dos familiares pela morte de Gerardo D'Ambrosio. Recordamos dele com imensa dor, mas admirando suas extraordinárias qualidades profissionais e humanas".

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