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O procurador César Suárez, que era o responsável pela investigação sobre a invasão armada criminosa em uma TV do Equador, foi assassinado a tiros na tarde desta quarta-feira (17) em Guayaquil, a maior cidade do país. Segundo informações da mídia local, ele também investigava outros casos de narcotráfico e corrupção em hospitais.
De acordo com as autoridades, Suárez foi baleado por indivíduos ainda não identificados quando transitava em seu carro pela avenida conhecida como del Bombero, após sair da sede da Polícia Judiciária do Equador, onde ficava seu escritório. Seu veículo ficou com mais de 20 perfurações de bala. Ele morreu no local.
O procurador estava à frente da investigação sobre o ataque armado à emissora equatoriana TC Televisión, ocorrido no último dia 9 de janeiro, que motivou o governo equatoriano a declarar a existência de um estado de conflito armado interno no país e reconhecer 22 grupos do crime organizado nacional como terroristas.
Segundo informações do jornal equatoriano El Universo, Suárez havia interrogado os 13 criminosos presos pelo atentado à emissora e estava tentando identificar neste momento quem havia ordenado a ação. Segundo ele, os suspeitos faziam parte da facção Los Tiguerones, que tem ligações com o narcotráfico.
Além da investigação envolvendo a TV, o procurador também era o responsável por investigar supostas irregularidades na compra de insumos médicos em hospitais públicos durante a pandemia de Covid-19.
A procuradora-geral do Equador, Diana Salazar, lamentou a morte de seu colega e disse que o combate ao crime organizado “vai continuar”. Ela também afirmou que os “grupos criminosos, os terroristas e os corruptos não vão impedir o compromisso da Justiça com a sociedade equatoriana”.