A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, confirmou nesta quinta-feira que 31 pessoas morreram e mais de 400 ficaram feridas desde que começaram os protestos contra o governo de Nicolás Maduro, em 12 de fevereiro.
"Temos até o dia de hoje 31 pessoas falecidas, das quais 25 são civis e seis policiais, militares e funcionários públicos", disse a procuradora em seu programa de rádio "Em Sintonia com o Ministério Público".
O número de feridos é de 461 pessoas, divididos entre 318 civis e 143 agentes policiais e militares, enquanto a quantidade de pessoas que permanecem detidas atualmente em conexão com episódios de violência nos protestos chega a 121, acrescentou Ortega.
No total, foram detidas 1.854 pessoas pelos incidentes ocorridos nos protestos que há um mês se sucedem no país, das quais 1.529 foram liberadas com penas substitutivas de liberdade.
Ortega informou ainda que 62 pessoas detidas "em flagrante" receberam liberdade plena e oito confessaram suas participação nos fatos.
Desde que em 12 de fevereiro uma marcha em Caracas terminou em incidentes que deixaram três mortos e danos a instituições públicas, a Venezuela vem sendo palco de manifestações diárias contra o governo, algumas pacíficas e outras com finais violentos.
O governo denuncia que por trás dos protestos há uma tentativa de golpe, enquanto a oposição defende o direito de expressar seu descontentamento pacificamente e acusa a polícia de abusos.
- Prefeito oposicionista é detido na Venezuela por "fomentar" protestos
- Oposição e governo denunciam mais duas mortes na Venezuela
- Militares venezuelanos ocupam praça em cidade controlada pela oposição
- Morre mais um oficial da Guarda Nacional em protestos na Venezuela
- Oposição venezuelana levará denúncias a órgãos internacionais
Investida da PF desarticula mobilização pela anistia, mas direita promete manter o debate
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Como a PF construiu o relatório do indiciamento de Bolsonaro; ouça o podcast
Bolsonaro sobre demora para anúncio de cortes: “A próxima semana não chega nunca”