A procuradoria especial encarregada de investigar o ex-presidente americano Donald Trump (2017-2021) comunicou formalmente nesta quinta-feira (27) à sua defesa que ele será indiciado por supostas tentativas de reverter sua derrota eleitoral em 2020, disseram à imprensa local fontes familiarizadas com o caso, mas o republicano negou essa informação.
Segundo a emissora NBC e o jornal USA Today, os advogados Todd Blanche e John Lauro se reuniram nesta quinta-feira com os procuradores do gabinete do procurador especial Jack Smith, em Washington.
O gabinete do procurador especial não forneceu informações sobre o conteúdo da reunião, mas o USA Today descreveu o encontro como uma reunião de cortesia antes da votação de um grande júri para acusar Trump pelo seu papel no ataque ao Capitólio em 2021.
O ex-presidente confirmou mais tarde, nas redes sociais, que houve uma reunião entre seus advogados e procuradores, mas que eles “não foram notificados de nenhuma notificação de acusação” e pediu para o povo americano não confiar em “notícias falsas”.
“Os meus advogados tiveram uma reunião produtiva com o Departamento de Justiça nesta manhã, na qual explicaram que não fiz nada de errado, que fui aconselhado por muitos advogados e que uma acusação contra mim destruiria o nosso país”, afirmou.
Não se sabe quando Trump poderá ser formalmente acusado, mas há dias que os jornalistas se aglomeram junto ao tribunal federal em Washington à espera do desfecho deste novo capítulo judicial.
O próprio Trump publicou uma mensagem na sua rede social, Truth Social, na semana passada, alegando que o Departamento de Justiça tinha enviado uma carta para avisá-lo que estava sendo investigado pelo ataque ao Capitólio, quando seus apoiadores invadiram em 6 de janeiro de 2021 o Congresso americano enquanto este certificava a vitória do atual presidente, o democrata Joe Biden, na eleição de 2020.
Trump é o primeiro ex-presidente da história dos EUA a ser formalmente acusado. Em Nova York, um grande júri acusou Trump de falsificar documentos comerciais em um caso que envolveu a atriz pornô Stormy Daniels, com quem o ex-presidente teve um caso em 2006.
Enquanto isso, na Flórida, Trump se declarou inocente de 37 acusações criminais por levar caixas cheias de documentos confidenciais para sua mansão quando deixou a Casa Branca, em janeiro de 2021.
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