Um padre do estado de Táchira, no oeste da Venezuela, na fronteira com a Colômbia, foi acusado do crime de abuso sexual contra uma menina de 13 anos, segundo informou o procurador-geral do país, Tarek William Saab, nesta segunda-feira.
"Acusado pelo Ministério Público o padre da paróquia de Ermita, (...) Nepomuceno Hernández, pelo crime de abuso sexual de menor", escreveu o procurador-geral em sua conta no Twitter, onde compartilhou uma fotografia do sacerdote.
Saab explicou que o padre, sob efeito de álcool, "convidou a menina de 13 anos para comer (...) para então agredi-la sexualmente".
Na última quinta-feira, o procurador anunciou que a procuradoria promove a campanha "Pedofilia é crime" com a qual busca combater esse crime e "proteger meninos, meninas e adolescentes dos chamados predadores sexuais, que podem colocar em risco sua integridade e sua segurança."
“O objetivo é conscientizar a população sobre a necessidade e a importância de proteger as crianças e adolescentes contra esse flagelo chamado pedofilia, que é uma questão transcultural, uma questão, eu diria, alheia à idiossincrasia, à identidade venezuelana”, declarou o procurador em um discurso transmitido pela emissora estatal “VTV”.
No início de julho, a Conferência Episcopal da Venezuela (CEV) disse que padres e outros membros da Igreja Católica cometeram abusos sexuais contra menores e "pessoas vulneráveis", cujo número de casos decidiu manter "confidencial".
O primeiro vice-presidente da instituição, monsenhor Mario Moronta, que afirmou que a CEV "pediu desculpas e acompanhou" as vítimas, criticou na ocasião que não se investigue outras entidades "não só religiosas, mas também profissionais, onde o número de abusos sexuais é maior".
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