Prodi e Berlusconi dividem vitória

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Roma – As marchas e contramarchas da apuração das eleições gerais italianas de domingo e segunda-feira indicavam nas últimas horas de ontem que a coalizão de centro-direita, de Silvio Berlusconi, faria maioria no Senado e a coalizão de centro-esquerda, de Romano Prodi, na Câmara dos Deputados, segundo dados colhidos pelo jornal Corriere della Sera.

No entanto, era muito apertada a margem de votos alcançados pelas duas correntes políticas, o que levou o instituto Nexus, o de maior credibilidade na Itália, a declarar-se sem condições para indicar claramente um vencedor.

Apuradas quase 98% das 59.816 seções de escrutínio, a coalizão conservadora obtinha 16.642.053 votos para o Senado, em comparação aos 16.289.655 dos partidos esquerdistas.

Na Câmara, a situação era inversa. Apuradas quase 82% das 60.828 seções, a coalizão de Berlusconi detinha 15.160.502 votos, enquanto os partidos liderados por Prodi recebiam 15.552.500.

Segundo o Corriere della Sera, mantida a tendência de votação para o Senado, os conservadores de Berlusconi fariam 158 cadeiras, enquanto os esquerdistas de Prodi teriam 151. A única coisa absolutamente certa hoje no processo eleitoral italiano era o índice de comparecimento às urnas: 83,6%.

Pressa

As primeiras projeções dos resultados das eleições, indicando a vitória dos partidos de centro-esquerda, foram recebidas com muito entusiasmo pelos militantes e partidários da coalizão liderada por Romano Prodi. Eles se concentraram numa praça no centro histórico de Roma.

Encerrada a votação às 15 h locais (10 h de Brasília), o instituto Nexus, o de maior credibilidade do país, anunciou uma maioria favorável a Prodi de 4% a 5% tanto na Câmera dos Deputados quanto no Senado. Mas a medida que a apuração se desenvolvia o situação foi se invertendo, fazendo com que o humor mudasse de lado.

Diante da reação da coalizão conservadora do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, a esquerda viu-se forçada a adiar a festa para a qual já se concentrara.