Fábrica em Zouping, na província chinesa de Shandong.| Foto: Distribuição/China/AFP
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A produção industrial da China recuou 13,5% no primeiro bimestre de 2020, ante igual período de 2019, informou há pouco o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês). O resultado é o pior em 30 anos, informou a Reuters - e muito mais impressionante do que os 3% de queda esperados por analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

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As vendas no varejo cederam 20,5%, quando era esperado uma baixa de 5%. Os investimentos em ativos fixos mergulharam 24,5%, ante projeção de queda de 1%. E o desemprego urbano subiu de 5,2% em dezembro para 5,7% no fim de fevereiro. A piora dos indicadores de atividade ocorreu em meio à epidemia do coronavírus no país, que provocou medidas agressivas - como fechamento de cidades inteiras - para controle do surto.

A China informou que vai implementar mais políticas para compensar os efeitos da pandemia do novo coronavírus, disse o porta-voz do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) do país Mao Shengyong.

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"O baque à economia é de curto prazo e controlável", afirmou Mao nesta segunda-feira. Ele apontou que mais medidas fiscais poderiam ser adotadas devido aos níveis relativamente baixos de dívida do governo.

Mao previu que o desempenho econômico da China começaria a melhorar a partir de março e acelerar no segundo semestre, quando empresas e a produção atribuladas pelo vírus retornarem ao normal. "Nossa confiança em realizar as metas econômicas deste ano não mudou", disse Mao.

Autoridades do governo chinês disseram nesta segunda-feira que o surto tornou especialmente difícil para milhões das pessoais mais pobres do país encontrar emprego este ano. Economistas dizem que o desemprego provavelmente vai aumentar e fazer com que qualquer recuperação dos impactos do coronavírus seja ainda mais difícil, ao alijar consumidores de poder de compra sobre os quais a China tem dependido cada vez mais para crescer economicamente.