Aspectos políticos dificultam a aplicação, em algumas nações, dos preceitos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que completa nesta quarta-feira (10) 60 anos, avalia o professor de história e pedagogo Ricardo Barros. Ainda há governos autoritários que não cumprem a declaração com o devido respeito, disse em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
Elaborada pela Organização das Nações Unidas (ONU) logo após a Segunda Guerra Mundial, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos contém uma série de recomendações no sentido de que, por meio da educação e da cultura, os países contribuam para que os direitos humanos sejam respeitados e exista harmonia na convivência entre as nações.
No Brasil, ressaltou Barros, a aplicação da declaração dos direitos humanos tem avançado nos últimos anos. A Declaração dos Direitos Humanos não tem força de lei, mas ajuda como base na formulação de outros documentos. Diversas constituições que asseguram a vida em sociedade foram baseadas nessa declaração. No Brasil, sem dúvida nenhuma, há uma grande referência em diversas leis a essa declaração, disse o historiador.
Para ele, os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos devem ser comemorados. Essa declaração é uma conquista da humanidade. Portanto, hoje imaginar o mundo sem ela é algo bastante difícil. Ela nasceu em um contexto muito difícil, após a Segunda Guerra Mundial, quando o mundo procurava uma situação de paz. E a declaração veio com esse intuito de garantir essa paz e a harmonia entre os povos, destacou.
Acredito que há motivos para comemorar mais um ano de declaração porque sem ela o mundo seria bastante diferente. Ela é muito importante para a humanidade e deve ser comemorada, completou.
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