Uma professora de humanidades, inglês e escrita criativa da Universidade Wake Forest, localizada no estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, se demitiu de seu posto "por motivos pessoais" na semana passada um mês após publicar nas redes sociais uma mensagem onde justificava o ataque terrorista do Hamas realizado contra civis israelenses que participavam de um festival de música no dia 7 de outubro.
Segundo informações da Fox News, a professora, que se chama Laura Mullen, escreveu em sua conta no X (antigo Twitter), no dia 12 de outubro, que se fosse “expulsa” de sua casa e "confinada em um estado empobrecido", administrado como uma "prisão ao ar livre", ela também ficaria "tentada a atirar na festa dos israelenses". Cerca de 260 jovens foram massacrados por terroristas do Hamas durante o ataque ao festival e vários outros foram levados como reféns para Gaza.
A postagem de Mullen gerou revolta dentro e fora da comunidade acadêmica, e ela recebeu cartas de pais pedindo sua demissão. Apesar da pressão para que demitisse Mullen, a Universidade Wake Forest afirmou na época que “respeitava o direito à liberdade de expressão da professora”, mesmo que não “concordasse com suas opiniões” e optou por manter a mesma em seu quadro de docentes. Apesar da defesa, Mullen chegou a reclamar que a instituição a "jogou aos lobos" e não a “apoiou diante das críticas” que estava recebendo.
A professora apagou a mensagem que causou revolta na população somente uma semana depois de ter publicado, alegando que a mesma estava “prejudicando a população muçulmana” dos EUA. Em nenhum momento ela pediu desculpas pela postagem.
Em entrevistas para a mídia local, Mullen ainda disse que recebeu alguns e-mails de “apoio” de estudantes.
Segundo informações da Fox News, Mullen não é a única professora universitária dos EUA que expressa sua simpatia pelos terroristas do Hamas, que mataram centenas de pessoas no maior massacre de judeus desde o Holocausto. Diversos outros professores universitários, que fazem parte até mesmo do corpo docente da prestigiada Universidade Cornell, também fizeram declarações nas redes sociais tentando “justificar” os ataques terroristas do Hamas e estão sob investigação do FBI ou afastamento.
Após os ataques do Hamas, os campi universitários dos EUA se tornaram palco de debates acalorados sobre o conflito no Oriente Médio, e alguns estudantes, principalmente os de origem judaica, relataram casos de violência e intimidação.
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