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Professores desaparecidos agora somam-se aos 43 estudantes que sumiram em Iguala. | Henry Romero/Reuters
Professores desaparecidos agora somam-se aos 43 estudantes que sumiram em Iguala.| Foto: Henry Romero/Reuters

Professores mexicanos denunciaram nesta quinta-feira (26) o desaparecimento de 12 companheiros e o estupro de quatro mulheres após os choques ocorridos na terça-feira (24) com os policiais no porto de Acapulco, quando uma pessoa morreu e 12 ficaram feridas.

O integrante da comissão política da Coordenadoria Estadual de Trabalhadores da Educação do Estado de Guerrero (Ceteg) Manuel Salvador Rosas disse que o grupo prepara uma denúncia pelos casos.

Agora não são apenas os 43 [desaparecidos na cidade de Iguala]. Da repressão [de terça-feira] ainda temos 12 companheiros professores que não apareceram, não estão em suas casas e não estão detidos.

Manuel Rosas, integrante do Ceteg.

“Agora não são apenas os 43 [desaparecidos na cidade de Iguala]. Da repressão [de terça-feira] ainda temos 12 companheiros professores que não apareceram, não estão em suas casas e não estão detidos”, indicou à Rádio Fórmula.

Sobre as mulheres estupradas, disse que estas foram detidas, colocadas em caminhonetes e abusadas sexualmente por membros da Polícia Federal em becos escuros. “Quatro professoras asseguram ter sido estupradas no momento da repressão”, afirmou o dirigente, que acrescentou que uma delas “ainda está internada no hospital”.

Rosas também negou que a causa da morte do professor aposentado Claudio Castillo, de 65 anos, tenha sido atropelamento, como sustenta o governo federal, e insistiu que a vítima recebeu golpes de parte de agentes policiais.

Durante o enfrentamento foram detidos mais de 100 professores, dos quais 99 foram libertados na quarta-feira (25) e oito foram postos à disposição do Ministério Público.

A Ceteg realizou várias manifestações, algumas delas violentas, contra da reforma educativa promulgada em 2013, que eliminou privilégios dos agrupamentos gremiais.

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