Prognósticos iniciais sugerem que os egípcios aprovaram uma Constituição elaborada pelos islamistas, no segundo turno do referendo, no sábado, apesar das críticas da oposição, que classifica a carta de desagregadora.
Quando a contagem dos votos começou, um representante do partido político Irmandade Muçulmana, que apoia o presidente Mohamed Mursi, disse que uma amostra de algumas centenas de milhares de votos colocavam o "sim" na liderança.
Um representante da oposição Frente de Salvação Nacional disse que suas pesquisas de boca de urna mostravam que a Constituição havia sido aprovada.
O primeiro turno, na semana passada, apontou um resultado 57 por cento a favor da Constituição, de acordo com dados extraoficiais. A votação foi dividida em dois dias porque vários juízes se recusaram a supervisionar a votação.
O comitê do referendo não pode declarar o resultado oficial dos dois turnos antes de segunda-feira, depois de receber os recursos de apelação.
Simpatizantes Islamistas de Mursi dizem que a Constituição é vital para a democracia, quase dois anos depois da revolta da Primavera Árabe, que derrubou o governante autoritário Hosni Mubarak. Ela dará estabilidade a uma economia fraca, dizem eles.
Mas a oposição acusa Mursi de criar um texto que privilegia os islamistas e ignora os direitos dos cristãos, que formam cerca de 10 por cento da população, além dos direitos das mulheres.
Horas antes do fechamento das urnas, o vice-presidente Mahmoud Mekky anunciou a sua renúncia. Ele disse que queria sair no mês passado, mas que ficou para ajudar Mursi a enfrentar uma crise que explodiu quando o líder islâmico assumiu amplos poderes.
A escolha do momento do seu pedido de demissão pode estar ligada à falta do posto de vice-presidente no esboço da nova Constituição.