Os terroristas estão on-line, escondidos sob identidades anônimas em mais de 5 mil sites. É o que diz a National Science Foundation (NSF), agência governamental norte-americana que vasculha os porões da rede em busca de "atividades suspeitas" da Al-Qaeda, de insurgentes iraquianos e de células terroristas européias.
A missão é do projeto Dark Web, criado pela NSF em conjunto com o Laboratório de Inteligência Artificial da Universidade do Arizona. Pesquisadores vasculham sites e fóruns de discussão para rastrear os textos suspeitos, geralmente assinados por internautas anônimos.
Ferramentas e conexões
As ferramentas do Dark Web permitem cruzar dados e estabelecer comparações entre as amostras coletadas. O rastreamento atinge sites e também o conteúdo de fóruns de discussão. "O Dark Web utiliza técnicas avançadas como análise de links, de conteúdo, de autoria, de sentimentos e conteúdo multimídia", diz a NSF. Segundo Hsinchun Chen, líder do projeto, os computadores podem encontrar padrões e conexões que os humanos não percebem.
Uma das ferramentas de rastreamento analisa a construção de textos. Chamada de Writeprint, ela pode analisar o conteúdo de um texto em determinado fórum e compará-lo com outros textos da web. Segundo a NSF, são identificadas milhares de características estruturais, semânticas e lingüísticas para "determinar quem está criando conteúdo anônimo". Segundo a entidade, a ferramenta tem 95% de chances de descobrir se o autor do texto já escreveu outras mensagens anteriormente.
Terrorismo on-line
"Atacando pela internet eles podem ter a capacidade de causar mais danos de que qualquer outra forma de terrorismo convencional", disse Eli Alshech, diretor do Projeto de Estudos de Terrorismo e Jihad do Memri, centro de estudos da mídia do Oriente Médio, em entrevista ao G1 em abril de 2007.
Alshech monitorou por mais de um ano as atividades de terroristas radicais islâmicos na internet, o que chamou de jihad eletrônica. Segundo ele, é possível que outros tipos de terrorismo também utilizem a internet para ataques, mas seus dados dizem repeito apenas à jihad islâmica.
A idéia deles é multiplicar suas forças com a ajuda da tecnologia. Com a internet, os terroristas podem realizar ataques físicos sem precisarem se explodir como homens-bombas, atacando redes de gás ou energia elétrica; podem causar danos financeiros, atacando instituições governamentais ou bancos; e podem até mesmo tentar causar o colapso do Ocidente pela destruição das redes de comunicação pela internet.
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