O projeto de Constituição impulsionado pelo presidente Evo Morales foi considerado o principal obstáculo para um acordo, tanto pelo governo quanto pela oposição da Bolívia. As duas partes falaram na madrugada desta segunda-feira (22) sobre as negociações, após quatro dias de diálogo. O texto prevê a possibilidade de reeleição presidencial. Os governadores oposicionistas buscam incluir sua proposta de maior autonomia no texto, mas também querem alterar outros pontos da Carta.
Morales descartou no domingo revisar o projeto, pois isso significaria "desconhecer o trabalho da Assembléia Constituinte". O presidente atacou ainda a oposição por supostamente querer prolongar demais as discussões. "Sua estratégia tem sido sempre ampliar as negociações e não acordar nada, isso ocorreu na Assembléia Constituinte", afirmou.
O governador de Tarija, Marío Cossío, porta-voz da oposição, disse que os líderes dos departamentos (Estados) não podem garantir que será convocado um referendo sobre a Constituição. O problema, segundo Cossío, é que o Congresso é o encarregado de decidir sobre o assunto.
Morales viaja nesta segunda-feira à tarde para Nova York, onde participa, na terça, da Assembléia Geral das Nações Unidas. As negociações no país serão retomadas na quinta-feira, com a presença do presidente
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