Ativistas dos Estados Unidos pressionam o governo a intervir em grandes institutos públicos de pesquisa para proibir o uso de chimpanzés em testes laboratoriais, afirma um artigo publicado na última semana na revista científica "Nature".
Organizações ambientais contrárias a prática encaminharam ao Congresso um projeto de lei que tornaria ilegal todas as pesquisas feitas com chimpanzés, o que incluiria atividades realizadas pelo setor privado e pesquisas bancadas por empresas farmacêuticas. Um dos principais incentivadores da proposta é o congressista Roscoe Barlett, republicano do estado de Maryland, que é fisiologista e realizou pesquisa com primatas na década de 1960 através da Nasa.
De acordo com a publicação, o país seria um dos únicos a utilizar primatas para testes, o que segundo os ativistas são esforços desumanos, ineficazes e um desperdício de dinheiro do contribuinte norte-americano.
O artigo cita o exemplo do chimpanzé Simba, um macho da espécie de 40 anos e que teria sofrido durante uma bateria de testes de 72 horas, que incluía retirada de sangue e aplicação de drogas.
Segundo a reportagem, os Estados Unidos gastaria US$ 12 milhões por ano para cuidar de 734 chimpanzés, distribuídos por três laboratórios instalados no país. Já os estudos custariam entre US$ 20 mil e US$ 250 mil para governo norte-americano.