Comerciantes e parlamentares do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, realizaram uma manifestação na semana passada contra um projeto de lei do Senado estadual, o SB 553, que desencoraja os funcionários de lojas a confrontarem saqueadores que possam atacar os estabelecimentos.
A medida, apresentada pelo senador democrata Dave Cortese, foi aprovada pelo Senado estadual no final de maio após a morte de um segurança de loja, que reagiu a um roubo e acabou baleado em Pleasanton.
A recente onda de violência envolvendo saques e roubos no estado tem sido atribuída por especialistas às mudanças legislativas da Califórnia em 2021, que reclassificaram tais crimes como contravenções caso os bens roubados totalizem menos de US$ 950.
"A proposta é proteger os funcionários comuns, que não atuam na segurança, proibindo os empregadores de instruírem suas equipes a enfrentar os criminosos", afirmou o autor do projeto de lei.
Para pequenos empresários e políticos que discordam da ação, a norma é um incentivo aos pequenos crimes e ao aumento da criminalidade no estado americano.
“Estamos cansados de ver isso. Temos que tornar o crime ilegal novamente na Califórnia”, afirmou o deputado republicano James Gallagher, que representa o Distrito 3.
Já o promotor distrital de El Dorado, Vern Pierson, disse que “a Califórnia está se tornando cada vez mais sem lei, como resultado de más decisões de políticas públicas que descriminalizaram os crimes contra a propriedade e o uso pesado de drogas”.
Diante da situação, empresas e famílias têm pensado em deixar o estado em busca de melhores condições de vida. Uma reportagem publicada pelo portal Daily Signal mostrou que dois terços dos californianos "estudam a possibilidade" de mudança.
O levantamento também verificou que, entre 2020 e 2022, crimes que envolvem o patrimônio privado cresceram 23% na Califórnia, sendo as principais práticas o roubo e o furto.
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