O Senado dos Estados Unidos aprovou na madrugada desta segunda-feira (21) uma moção que fez avançar o projeto de reforma do sistema de saúde do país. Com isso, a proposta deve ser submetida ao voto dos senadores no decorrer da semana. Por 60 votos a 40, os democratas aprovaram uma moção que limita o debate sobre a lei, que envolve US$ 871 bilhões e é fruto de meses de duras negociações. Nenhum membro da oposição republicana apoiou a medida.

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Uma votação final da lei no Senado deve ocorrer no dia 24 de dezembro. No entanto, o projeto ainda precisa ser ajustado com outra medida sobre a reforma de saúde, aprovada na Câmara dos Representantes. Os democratas correm para aprovar a lei antes do Natal. O líder da maioria na Casa, Harry Reid, negociou com o senador Ben Nelson, também democrata, para receber seu apoio. Nelson, que representa o Nebraska, obteve concessões que incluíam alterações no texto para diminuir os custos do Medicaid (um seguro-saúde para famílias pobres) para seu Estado.

Caso aprovada, a lei será considerada uma grande vitória do governo. O senador democrata Christopher Dodd lembrou que essa discussão começou antes da chegada da maioria dos atuais representantes ao Senado. A lei amplia o seguro-saúde para 31 milhões de norte-americanos, criando um novo sistema de créditos fiscais, para permitir que as pessoas e famílias de baixa e média rendas adquiram cobertura de saúde.

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Críticas

Os republicanos têm uma visão diferente sobre a reforma, argumentando que ela representa um grande gasto com poucos resultados. Além disso, reclamam que a situação deu pouco tempo para os legisladores discutirem o projeto. A Federação dos Hospitais Americanos e a Associação Hospitalar Americana defenderam a medida neste fim de semana, o que representa um apoio de uma parte importante do setor de seguro-saúde dos EUA.

Porém, os republicanos criticaram as concessões feitas por Reid para obter apoio de Nelson e de outros. O senador oposicionista Tom Coburn chegou a dizer que os norte-americanos deveriam "rezar para que alguém não possa votar hoje à noite". Um porta-voz do líder da maioria rebateu a declaração e afirmou que "tudo que os republicanos têm a oferecer são comentários ofensivos e boatos amedrontadores". As informações são da Dow Jones.

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