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Judeia e Samaria

Senador americano quer substituir “Cisjordânia” em documentos oficiais dos EUA

Belém, na Cisjordânia
Vista da cidade de Belém, na região histórica da Judeia, hoje pertencente à Cisjordânia. (Foto: Alexey Goral/Wikimedia Commons/Creative Commons Attribution-Share Alike 4.0 International license)

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O senador norte-americano Tom Cotton, republicano, apresentou na última quinta-feira um projeto de lei que proibiria o governo federal de usar o termo “Cisjordânia” em seus documentos oficiais. Em seu lugar, ele propõe o uso de “Judeia e Samaria”, nome bíblico e adotado oficialmente por Israel para denominar a região.

Formalmente intitulado “Ato de Aposentadoria da Confusão Grave Sobre o Nome Genuíno da Zona de Influência de Israel ao Necessitar o Uso Governamental da Judeia e Samaria (reconhecendo a Judeia e Samaria)”, o projeto de lei propõe proibir a utilização de fundos governamentais para referir-se à “terra anexada por Israel da Jordânia durante a Guerra dos Seis Dias de 1967” pelo termo “Cisjordânia” (em inglês, “West Bank”), salvo em contextos de tratados e acordos internacionais.

O senador alega que o termo “Cisjordânia” pode ser entendido como uma propaganda anti-Israel, e que “os direitos legais e históricos do povo judeu à Judeia e Samaria remontam a milhares de anos”.

Termos usados por Israel para nomear a região remontam aos tempos bíblicos

O parlamentar por Arkansas também alega que a terminologia está alinhada com as reivindicações históricas e bíblicas de Israel sobre o território. Tanto Judeia quanto Samaria estão presentes no Antigo e no Novo Testamento.

No Antigo Testamento, Judeia faz referência à tribo de Judá, uma das 12 subsequentes da divisão do reino de Israel. No Novo Testamento, era a província que incluía Jerusalém durante o domínio romano. Já a Samaria aparece no Antigo Testamento como a capital do Reino do Norte por Onri, palco da conquista assíria, seguida da deportação dos israelitas. No Novo Testamento, ela aparece como a cidade onde Jesus interagiu com samaritanos.

Nas redes sociais, Cotton destacou que o termo usado atualmente é um tapa na cara da história, e que “é hora de chamar esta região pelo seu nome legítimo”. A legislação proposta reflete um projeto de lei similar na Câmara, apresentado no início deste ano pelos deputados Claudia Tenney, Randy Weber e Anthony D'Esposito.

David Friedman, ex-embaixador dos EUA em Israel no primeiro governo de Donald Trump, foi às redes sociais agradecer aos parlamentares pela proposta apresentada: “Você [Claudia Tenney] e Tom Cotton estão do lado certo da História”, afirmou.

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