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Projeto pode liberar entrada de visitantes sem visto em Pequim

Estrangeiros que queiram visitar Pequim e permanecer na capital chinesa por menos de três dias poderão, em breve, não precisar mais do visto. Com o objetivo de atrair mais turistas, autoridades chinesas estão avaliando a medida, anunciada nesta segunda-feira pelo diário oficial do governo chinês, o "China Daily".

Normas similares já estão em vigor em cidades como Xangai, onde visitantes podem permanecer sem visto por 48 horas, e na ilha de Hainan, que oferece a grupos de turistas mais de três semanas sem a necessidade de visto.

A medida, que ainda é avaliada pelo governo chinês, foi divulgada dias depois do anúncio de uma campanha de 100 dias contra imigrantes ilegais em Pequim. O Escritório de Segurança Pública de Pequim prometeu fazer uma "limpa" na metrópole e retirar todos os estrangeiros que vivem ou trabalham na cidade ilegalmente. Até o final de agosto, todos os imigrantes terão que andar com um passaporte válido, o visto e, se for o caso, permissão para a residência.

Segundo Jiang Yiyi, diretor da Academia Internacional de Turismo na China, a medida deve impulsionar o turismo pela melhora da qualidade do serviço na cidade. Ele também afirmou que, com a aprovação da lei que retira a necessidade de visto a pessoas que ficarão na cidade por menos de três dias, há pouquíssimas chances de um aumento da imigração ilegal.

Dificuldade com vistos para trabalho

Em pouco mais de uma década, a China passou a ser um país que atrai jovens em busca de oportunidades de emprego. No entanto, vistos de trabalho são difíceis de obter e muitos estrangeiros dependem de vistos de turistas, tendo que deixar o país todos os meses para renovar a permissão.

Autoridades chinesas mostravam uma postura relaxada em relação a essa prática, no entanto, após a divulgação de um vídeo no qual um estrangeiro abusa sexualmente de um mulher chinesa, conseguir uma renovação do visto chinês se tornou uma tarefa rigorosa.

Na última sexta-feira, o porta-voz do Ministério do Exterior, Hong Lei, disse que o arrocho das leis não significava o início de uma política "contra estrangeiros". As medidas eram apenas uma forma do governo chinês proteger e legitimar os direitos e deveres de um estrangeiro na China, segundo o servidor público.

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