Os Estados Unidos julgaram as promessas das autoridades sírias de cessar os combates na quinta-feira (12) pela manhã como "pouco ou mesmo nada confiáveis", enquanto o Departamento de Estado qualificou de "alarmante" a continuidade da violência no país.
Mesmo que as forças sírias cessem efetivamente a violência, isso "não pode ser considerado uma aplicação do plano de seis pontos" proposto pelo enviado da ONU-Liba Árabe, Kofi Annan, disse à imprensa a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice.
Rice lembrou que Damasco comprometeu-se a retirar suas tropas das cidades sírias em 10 de abril e que o regime não respeitou essa promessa.
"Portanto, é o regime sírio primeiro, e não a oposição, que deve respeitar suas obrigações de forma absoluta e manifesta segundo o plano de Annan", completou rice.
Em paralelo, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, classificou de "alarmante" a continuidade da violência na Síria, no início de uma cúpula de ministros de Relações Exteriores do G8 em Washington.
"Estamos preocupados com os problemas que o emissário (da ONU e da Liga Árabe para a Síria) Kofi Annan terá para chegar a um cessar-fogo e ao fim da violência. Acompanhamos a situação atentamente".
"Os acontecimentos do ano passado e, inclusive, da semana passada, reafirmam a necessidade de uma cooperação internacional permanente, e a cúpula do G8 é essencial para isso", acrescentou a chefe da diplomacia americana, antes de anunciar que o tema voltará a ser abordado mais adiante durante o dia.
Segundo diplomatas, os países ocidentais membros do Conselho de Segurança insistem que o governo sírio não se limite a aplicar o cessar-fogo, mas que também retire seus soldados e canhões das cidades sírias, como havia prometido.