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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira (23) que, tal como prometido, seu país está alterando o “equilíbrio de poder” na fronteira norte, depois de um dia de intensos ataques contra alvos do Hezbollah, no Líbano.
"Estamos enfrentando dias complexos. Prometi que mudaríamos o equilíbrio de poder no norte e é exatamente isso que estamos fazendo", afirmou Netanyahu em mensagem gravada após uma reunião em Tel Aviv com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o chefe do Estado-Maior do Exército, tenente-general Herzl Halevi.
Pelo menos 182 pessoas morreram e outras 727 ficaram feridas nos ataques israelenses desta segunda-feira, de acordo com a última atualização do Ministério da Saúde Pública libanês; um número sem precedentes desde que as hostilidades entre Tel Aviv e o grupo xiita Hezbollah começaram em outubro de 2023.
"Quero esclarecer a política de Israel: não esperamos por uma ameaça, nós a antecipamos. Em todos os lugares, em todos os cenários, a qualquer momento. Eliminamos funcionários de alto escalão, eliminamos terroristas, eliminamos mísseis", acrescentou o chefe do governo israelense.
Israel anunciou mais cedo que eliminou 800 alvos do grupo terrorista e pediu aos cidadãos tanto do Vale do Bekaa (leste) como das zonas do sul, redutos do Hezbollah, que abandonassem as suas casas caso estivessem perto de edifícios usados pela milícia para armazenar armas.
Embora o número total de deslocados ainda seja desconhecido, o governo libanês ativou nesta segunda-feira um plano de emergência nacional para atender o “número considerável” de pessoas deslocadas.
Além disso, as autoridades também estão coordenando a abertura de escolas e outros centros para acolher os deslocados no Monte Líbano e nas cidades de Sidon e Tiro, no sul.