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Corrupção

Promotor argentino pede pena de 12 anos de prisão para Cristina Kirchner

Vice-presidente argentina está em julgamento desde maio de 2019 pelo suposto crime de associação ilícita e administração fraudulenta de verbas públicas (Foto: EFE/Gustavo Amador)

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Um promotor pediu nesta segunda-feira (22) uma sentença de 12 anos de prisão para a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, no julgamento em que ela é acusada de cometer irregularidades na concessão de obras públicas quando presidia o país.

O promotor Diego Luciani também pediu que Cristina, que governou a Argentina entre 2007 e 2015, fique impedida de exercer cargos públicos.

Cristina Kirchner, de 69 anos, está em julgamento desde maio de 2019 pelo suposto crime de associação ilícita e administração fraudulenta de verbas públicas.

São julgados nesse caso supostas irregularidades na concessão de 51 contratos de obras públicas na província de Santa Cruz a companhias do empresário Lázaro Báez durante os governos do falecido ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007) e de sua esposa e sucessora, Cristina Kirchner (2007-2015).

Luciani também solicitou várias sentenças para Lázaro Báez e para o ex-ministro do Planejamento Julio de Vido e outros ex-funcionários do governo.

Em audiência no início de agosto, o promotor acusou a vice-presidente e o marido dela, Néstor Kirchner, de criarem “um autêntico sistema de corrupção”.

Luciani insistiu no papel de Lázaro Báez, empresário “criado” para assumir negócios e fraudar o Estado. “De um dia para o outro ele passou de funcionário de banco a empresário da construção civil (...). De um dia para o outro, o Estado, com os impostos que todos os cidadãos pagam, confiou-lhe 78,4% das obras rodoviárias de Santa Cruz”, apontou Luciani.

Segundo o promotor, “os principais responsáveis ​​pela organização” estavam por trás disso e uma “estrutura estatal corrupta o endossava”.

Ainda de acordo com Luciani, das 51 obras que ficaram sob seus cuidados, em 50 ele conseguiu manobras ilegais para aumento orçamentário. Além disso, quase metade delas foram abandonadas.

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