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O promotor Alberto Nisman, que foi encontrado morto em seu apartamento em Buenos Aires, era encarregado especialmente por investigar o atentando de 1994 ao centro de convivência da comunidade judia da cidade, em que morreram 85 pessoas. O presidente Néstor Kirchner chegou a denunciar o Irã nas Nações Unidas com informações que Nisman havia fornecido.

O promotor Nisman, junto com o antigo titular do serviço de inteligência da Argentina, se basearam em hipóteses israelenses e dos EUA sobre a autoria do atentando de 1994. Mas Néstor morreu em 2010, durante a primeira gestão de sua mulher.

Em 2013, a Argentina e o Irã assinaram um acordo sobre a investigação. Por ele, estabelecia-se uma comissão binacional, sendo dois argentinos, dois iranianos e um presidente de um terceiro país. Além disso, também decidiram compartilhar informações sobre o caso. Os interrogatórios seriam feitos em Teerã. O acordo foi enviado ao Congresso argentino e os deputados o aprovaram.

Na última quarta (14), Nisman denunciou a presidente Cristina Kirchner, o chanceler Hector Timerman e militantes ligados ao governo. Segundo ele, um desses militantes, Luis D'Elia, adiantava aos iranianos quais seriam os passos do governo argentino e afirmava que tinha a autorização da Casa Rosada para negociar. O promotor tinha gravações de áudio de chamadas telefônicas que iria usar como provas.

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