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Polônia

Promotor polonês tenta se matar após coletiva de imprensa

Um promotor militar polonês deu um tiro na cabeça nesta segunda-feira (9), depois de pôr fim abruptamente a uma coletiva de imprensa na qual ele havia defendido uma investigação militar sobre vazamentos de informações relacionados ao acidente de avião na Rússia que matou o presidente da Polônia, há dois anos. Mikolaj Przybyl foi levado ao hospital depois que os jornalistas o encontraram deitado no chão de seu escritório em meio a uma poça de sangue, logo após escutarem o som de um tiro.

Ele havia pedido aos jornalistas que saíssem de seu gabinete depois de criticar o vazamento na mídia da investigação sobre o acidente em Smolensk, no oeste da Rússia, em 10 de abril de 2010, no qual morreram o presidente Lech Kaczynski e outras 95 pessoas, a maioria autoridades polonesas. As imagens do corpo de Przybyl atrás de sua escrivaninha foram exibidas por vários canais de notícias antes que uma ambulância o levasse para o hospital. O promotor-chefe da Polônia, Andrzej Seremet, disse em coletiva de imprensa em Varsóvia que a vida de Przybyl não estava mais em perigo e que ele deve se recuperar. Ele também disse que discordava de algumas declarações feitas por Przybyl na coletiva. Serement afirmou que promotores militares agiram certo ao exigir os registros telefônicos dos celulares de jornalistas enquanto procuravam a fonte dos vazamentos na investigação de Smolensk, mas que haviam infringido a lei ao buscar o acesso às mensagens de texto. "Esse caso está sendo acompanhado por tanta emoção, incluindo histeria desnecessária, a meu ver", disse Serement. O presidente polonês, Bronislaw Komorowski, disse em comunicado que estava "preocupado" com o incidente e pediu à equipe de segurança nacional que monitore a situação. A investigação do acidente em Smolensk continua um assunto político delicado no país e em sua relação com a Rússia. O líder do principal partido da oposição, Jaroslaw Kaczynski - irmão-gêmeo do presidente morto -, acusou o governo do primeiro-ministro Donald Tusk de conivência com a Rússia no acobertamento das verdadeiras causas do desastre.

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