O promotor que investigava o assassinato da ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto foi morto a tiros nesta sexta-feira (3), quando seguia para uma audiência sobre o caso em Rawalpindi. Homens armados em uma motocicleta dispararam 12 balas contra Zulfikar Chaudhry quando ele deixava sua casa em Islamabad. Ele foi levado por equipes de socorro ainda com vida, mas não resistiu.

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Chaudhry já havia recebido ameaças de morte de membros do Talibã, por isso andava com um segurança. O guarda-costas também foi ferido no ataque, mas não corre risco de vida. Segundo fontes, o promotor estava investigando se o ex-presidente paquistanês Pervez Musharraf estava envolvido no assassinato de Benazir, por supostamente ter negado um reforço na segurança da líder política.

Na terça-feira (30), Musharraf recebeu uma ordem de prisão domiciliar de duas semanas, após indícios de que ele teria se negado a proteger a ex-premier, que na época participava de uma campanha eleitoral. O governo de Musharraf responsabilizou o ex-chefe do grupo extremista Talibã, Baitullah Mehsud, pelo atentado, mas ele negava as acusações. O extremista acabou sendo morto por um ataque de aviões não tripulados dos EUA em 2009.

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Em um comunicado, o presidente paquistanês Asif Ali Zardari condenou o atentado contra Chaudhry e fez um apelo para que autoridades investiguem para expor os reais responsáveis pelo assassinato.

O assassinato de Benazir ainda é um mistério para as autoridades do país. Nunca ninguém foi responsabilizado pelo crime. A ex-premier foi morta a tiros em um ataque em 2007, após um comício na cidade de Rawalpindi. O atentado aconteceu semanas depois da política ter voltado ao Paquistão após anos de exílio.