O procurador especial Jack Smith, que apresentou denúncias contra Trump em dois casos na Justiça Federal no ano passado| Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS
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O promotor especial Jack Smith, responsável pelos processos federais contra o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, renunciou ao cargo no Departamento de Justiça na sexta-feira (11). Trump já havia ameaçado demiti-lo ao tomar posse, além de ordenar investigações contra ele e sua equipe.

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Smith havia abandonado os dois casos logo após a vitória do republicano Trump sobre a democrata Kamala Harris na eleição de 5 de novembro, fundamentado em uma norma do Departamento de Justiça que proíbe o processamento criminal de presidentes em exercício. Por isso também, sua renúncia era amplamente esperada.

A saída ocorre em meio a um debate judicial para impedir que o procurador-geral Merrick Garland divulgue um relatório elaborado por Smith sobre a tentativa de Trump de reverter o resultado da eleição presidencial de 2020 e o suposto manuseio indevido de documentos confidenciais após deixar a Casa Branca em janeiro de 2021.

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O relatório final, em dois volumes, foi entregue a Garland na terça-feira (5). O procurador-geral indicou que não tornará pública a parte referente à investigação sobre documentos secretos.

Além de concluir e enviar o relatório, a equipe de Smith repassou a outros advogados do Departamento de Justiça um recurso em tramitação sobre os poderes do gabinete de promotor especial e arquivou os dois processos criminais federais contra Trump devido ao seu retorno à Presidência.

Smith ocupava o cargo de promotor especial desde 2022, quase dois anos após a invasão do Capitólio, em Washington, por ativistas. Antes disso, atuou no tribunal internacional de Haia, onde trabalhou em casos de crimes de guerra do Kosovo e obteve a condenação de Salih Mustafa, ex-comandante do Exército de Libertação do país.