As acusações de crimes sexuais contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, são uma questão pessoal e não estão ligadas à divulgação de documentos secretos norte-americanos, disse nesta terça-feira a promotora pública sueca Marianne Ny, que expediu o mandado de prisão contra o australiano.
Assange foi detido em Londres com base em um mandado de prisão europeu emitido pela Suécia. A promotoria quer questionar Assange sobre as acusações, negadas por ele.
"Eu quero deixar claro que eu não fui posta sob nenhum tipo de pressão, política ou qualquer outra", disse Marianne em comunicado.
"Os procuradores suecos são completamente independentes na tomada de suas decisões", afirmou. "A investigação criminal não tem nada a ver com o WikiLeaks. Diz respeito a ele pessoalmente".
Respondendo a uma pergunta sobre se os Estados Unidos estariam em busca de Assange, Marianne disse que nenhuma autoridade estrangeira pediu para ser informada. "Apenas jornalistas e indivíduos particulares", disse ela, segundo a rádio sueca.
"Eu não emiti um mandado de prisão europeu para que ele seja entregue aos EUA", disse ela, de acordo com a agência de notícias sueca TT.
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