Documentos judiciais divulgados nesta quarta-feira (6) revelam que os promotores americanos responsáveis pelos casos envolvendo Hunter Biden, filho do atual presidente dos EUA, Joe Biden, devem apresentar uma acusação criminal contra Hunter para que um grande júri o indicie até o final deste mês.
Segundo a agência Reuters, a acusação que o filho de Joe Biden deverá enfrentar não está clara nos documentos, mas ao que tudo indica, ela estaria relacionada a uma acusação de posse ilegal de arma de fogo enquanto ainda era usuário de drogas.
Além disso, Hunter Biden também está sob investigação dos promotores federais por atividades comerciais suspeitas na Ucrânia.
David Weiss, procurador dos Estados Unidos no estado de Delaware, foi recentemente nomeado como procurador especial neste caso e mencionou a intenção de apresentar uma denúncia contra Hunter até o dia 29 de setembro. O desejo do procurador foi revelado em um relatório de situação exigido pela juíza distrital do Tribunal de Delaware, Maryellen Noreika.
Os advogados de defesa de Hunter Biden alegam que um acordo que impede a acusação dele por posse ilegal de arma de fogo ainda está em vigor. Esse acordo fazia parte de outro, que também abrangia uma declaração de culpa em relação a acusações de crimes fiscais contra Hunter, acordo que não foi referendado durante uma audiência em julho.
Hunter Biden foi acusado em junho de dois crimes de evasão fiscal, relacionados à falta de pagamento de mais de US$ 100 mil em impostos sobre uma renda de mais de US$ 1,5 milhão tanto em 2017 quanto em 2018.
Era esperado que ele se declarasse culpado em julho, depois de chegar a um acordo com os promotores, que planejavam recomendar dois anos de liberdade condicional para o filho do presidente. No entanto, o caso desmoronou durante a audiência, após Noreika mencionar várias preocupações sobre os detalhes do acordo e seu papel no processo.
Até o momento, os advogados de Hunter Biden não deram nenhuma declaração a respeito dos documentos revelados nesta quarta-feira.