O promotor de Paris, François Molins, pediu neste sábado (8) que um shinkead seja acusado de homicídio doloso no caso da morte do jovem militante de esquerda Clément Méric, 19. Ele foi morto após uma briga entre seu grupo e uma agremiação de extrema-direita na última quarta-feira.

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O acusado, identificado como Esteban, tem 20 anos e é espanhol naturalizado francês. O promotor pediu a prisão preventiva do suspeito e de outras três pessoas que participaram do ato, além do controle judicial de uma adolescente.

Para Molins, a morte de Méric foi causada por golpes que recebeu no rosto e não por sua queda durante a briga, que aconteceu em um bairro comercial da capital francesa. O jovem morto pertencia ao grupo Ação Anti-Fascista, vinculado ao Partido de Esquerda, quarto colocado na eleição presidencial de 2012.

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Já os skinheads eram membros da Juventudes Nacionalistas Revolucionárias, do grupo de extrema-direita Terceira Via. Os dois grupos se encontraram em uma loja de Paris e, ao serem expulsos, começaram a brigar na rua.

Segundo testemunhas, os skinheads deram um soco contra Méric e o lançaram contra um poste. Os pedestres que estavam no local da briga dizem que os agressores foram homens carecas, com jaquetas de couro.

Ao cair, ele bateu com a cabeça em um bloco que impede a passagem de veículos e desmaiou. Os agressores fugiram. Ele chegou a ser levado ao hospital com ferimentos graves, mas não resistiu e morreu na manhã de quinta-feira.

O caso causou revolta e comoção na política francesa, tanto de setores de esquerda, vinculados ao presidente François Hollande, como de direita. O ministro do Interior, Manuel Valls, fez um apelo à prudência nas declarações, alegando que "há um clima que favorece este ambiente de ódio".

Nas últimas semanas, houve aumento da tensão política na França por causa da aprovação do casamento gay no Parlamento local. O novo direito aos homossexuais, apoiado pela esquerda, provocou fortes protestos de setores de direita.

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